quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Dia dezessete de Janeiro de dois mil e dezenove. 17/01/2019

Hoje acordei com vontade de lhes e me contar uma história: A história dos meus dias.
Diariamente regressarei aqui para transcorrer sobre os fatos e eventos que me levaram a quebrar o silêncio para contar-nos.

Hoje, por exemplo, tive a oportunidade de falar sobre a importância da instituição do silêncio em minha vida.
Como ao garantir importância ao meu silêncio me faz ter muito cuidado ao quebrá-lo, ou melhor, se é que eu devo quebrá-lo.
Diante dessa hipótese, concluí que vale quebrar o silêncio em três ocasiões: 
1- Para atender a uma necessidade que vai lhe promover bem estar sem prejudicar outro alguém.
2 - Para ajudar.
3- Em situação de urgência ou emergência.

A vida ganha uma nova perspectiva quando se cultiva o silêncio dessa forma.
Me esforço para não falar enquanto não sigo uma das diretrizes acima.
E agora escolhi falar conosco por aqui.
Quebrar o silêncio com as reflexões e intercorrências que eu considero valiosas demais, tão valiosas que compram uma quebra de silêncio.

Gostaria de falar conosco sobre Jesus Cristo e o que ele representa para mim. E o farei. Mas isso levará muitas paginas e muitos dias. Mesclarei no meio da narrativa conforme os dias se sucedem.

Começo meus relatos com o meu dia de hoje.

Acordei.
Agradeci a Deus por mim, por minha família e por todos. Pedi um pouco mais de prosperidade para todo mundo, pra gente ter um pouco mais de paz.
Bebi muita água enquanto espero pro almoço, descobri que o jejum faz um bem danado (vide o livro The Circadian Code).
No almoço, na companhia de Gabriel (outro do qual a gente vai ouvir falar), comi um prato muito gostoso: Tomate, alface, carne bovina, frango, arroz e feijão, com um puta suco de maracujá, daquele caprichado, nem doce nem azedo demais, cheio de pedrinhas de gelo na superfície.
A responsável pelo banquete se chama Maria Selma, minha segunda mãe e uma cozinheira excepcional, sabe uma cozinheira excepcional? Duplique. Selma. Acho que é um menosprezo dizer duplique. Quadruplique. É isto, acho que se aproxima mais da realidade.

Saciado, escovei os dentes e estudei minha cota diária.

Já na hora do jantar, me servi de frango com arroz de leite. Planejei sair e encontrar alguns amigos. Os papos renderam muito. Encerrei a noite reflexivo. Descobri que uma pessoa precisa de 5 horas diárias de trabalho em agricultura se deseja alimentar-se por um ano, isso considerando uma área de 370 metros quadrados bem agricultável. 

Decidi que quero trabalhar para subsistir por não mais que 5 horas diárias. 
E as outras 19?
São divididas entre eu gerando bem estar para mim, seja lá como for (desde que não interfira com ninguém) e eu gerando bem estar para as pessoas com que convivo e, portanto, gosto.

Abriu-se a porta do elevador.
Cheguei no saguão do andar onde moro.
O azulejo em tons de creme sempre traz um ar de limpeza e conforto.
Parei um pouco diante do pequeno jardim que minha mãe cultiva em frente ao nosso apartamento, parece mandar uma mensagem: "a vida floresce aqui.". É nesse pequeno jardim que se encontra uma criatura que salvei, Juliana, um espécime de Jasmim do Caribe que foi despejado num terreno vizinho ao lugar onde moro.
Juliana agonizou por dois meses até eu poder juntar em mim a disposição de salvá-la, nos dois dias que sucederam o seu transplante, e  subsequente mudança para os azulejos-creme, ela põe uma única flor, como quem dá um singelo 'obrigado'.
Eu sou um canalha às vezes. Mas a vida é foda. Vem assim como quem não quer nada e te dá uns tapas. Juliana me ensinou a agradecer. Mesmo depois de agonizar por dois meses. Talvez seja o segredo da resiliência que ela possui.
Entro em casa.
Escuto muita música (e depois minuciarei seus títulos e minhas divagações acerca delas).
Escrevo.
E escrevo.
E escrevo.
São 9 da manhã do primeiro dia da minha narrativa.
Dia dezessete de Janeiro de dois mil e dezenove. 17/01/2019. O dia um.

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